quinta-feira, 26 de março de 2009

Santos

Não consigo não enxergar esse Deus de forma engraçada. Um ser tão contraditório. Uma hora ele é tudo, outras somente o que for bom. É bondoso, mas vingativo. Ele quer ser amado e também temido. Ele me dá o mundo, mas não posso pertencer a ele. Me dá a razão, mas não posso contrariar a fé. Acho que Deus cria as coisas só para me negar.
Quando uso da razão, é quando me divirto mais.
Como assim? "Bem aventurados aqueles que acreditam sem ver".
Acredito na fé sim, mas não na fé cega.
Dito isto, vamos analisar alguns conceitos.
O que é o vício? O dicionário diz "mau hábito; cotume pernicioso, condenável; apego extremo a tóxicos, bebidas". Mas além disso, o vício é algo fora de nosso controle, algo acima de nossa vontade. Uma necessidade falsa que não vencemos sem muita força de vontade.
E o que é santo? Do hebraico (gadosh), significa separado. Então santificar (gadash) significa separar. Originalmente esses termos não eram usados associados a Deus. Apenas tinham esse pequeno significado.
Agora cheguei onde queria. Quero entender a macumba.
Se pessoas vivas, materiais caem no conceito quando perdem o controle de si, como aceitar que um ser espiritual seja escravo de uma falsa necessidade? Eu porém, estou acima de qualquer "santo" da macumba. rs
Sou matéria e dependo de coisas materiais, mas não me domino por nada além do que preciso para sobreviver. Essa é a necessidade real. Não julgo errado os objetos do vício, posto que pode ser qualquer coisa (perfume, drogas, consumo, alguém), julgo errado a dependência deste.
Podem falar que é capricho do santo, ou qualquer outra coisa. Mas como um ser do outro lado da vida é tão apegado a este nosso lado? Para mim é fraqueza.
Agora, achar estes santos poderosos não tem cabimento. Cá entre nós, eu invisível chego até no presidente, e logicamente descubro segredos de qualquer um.
Quando alguém é vivo e pede dinheiro para se drogar ele é julgado. Mas um ser espiritual que depende de coisas materiais pode ser viciado no que ele quizer. Estranho né?
Se é para ser devoto, filho, escravo, aprendiz ou o que for, que seja de alguém acima de mim.
E porquê são chamados de santo? São separados de que? E para que? No cristianismo sei que santo é a pessoa separada do mundo. Que nega os pecados, os vícios. Acho que isso não acontece com os tais santos na macumba. Eles são bem mundanos.
Creio que ajudar esses espíritos a continuarem presos ao mundo dos vivos, atrasa a evolução deles. Mas essa é minha crença.
Também acho estranho no catolicismo, canonizarem depois de mortos. Para separarmos nossa vida para qualquer coisa primeiramente temos que estar vivos. E santificar-se, é algo pessoal. Ninguém, nem mesmo a igreja te torna santo.
Mas esse é assunto para algum outro post.
Lembro que é apenas a minha opinião

4 comentários:

  1. Bem... aqui estou eu mais uma vez para expressar minha humilde opinião.

    Vamos por partes...

    "Bem aventurados aqueles que acreditam sem ver".

    Coisa que não me agrada, fé cega.
    Como pode alguém aceitar uma coisa sem nunca questionar??? Como assim não buscar o porquê das coisas??? Acreditar que não se deve fazer determinada ação porque não pode e pronto???
    Para mim é a mesma coisa que beber o conteúdo de um copo sobre a mesa, sem saber se é água ou veneno.
    Como na ciência,em que se gera a hipótese, a questiona, a experimenta e a conclui, na vida também devemos fazer questionamentos não so para obter respostas porque nem sempre existirão, mas sim para evoluirmos como pessoas.
    Como pesquisadora da UFRJ aprendi que se tu não provas, com no mínimo um “n” de três, que teu experimento tem o resultado que estas dizendo, é melhor que não digas nada. Repito, penso que isso valha não só para a ciência, mas para a vida como um todo.
    Porém eu, humana, crente [aqui a palavra crente está ligada ao verbo crer, aquele que crê, e não ligada a “tipo” de religião], pergunto-me.
    Teria eu uma fé cega por crer em Deus sem nunca te-lo visto???
    Não sei, só sei que creio porque ele me prova que existe em muitos momentos de minha vida, bons e ruins. E essa é a única parte da minha vida em que a frase: "Bem aventurados aqueles que acreditam sem ver", se faz presente.

    Parafraseando Daniel: lembro que é apenas a minha opinião.

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  2. Macumba?!
    Discordo de uma coisinha Daniel, não no conteúdo do texto, mas sim pelo modo como você usou as palavras, vou ser mais direta.
    Macumba é como no Brasil chamamos as “religiões” como a Umbanda... e é uma espécie de insulto chamá-las assim, porque a palavra macumba está ligada ao vocabulário Brasileiro como uma coisa ruim.... satânica talvez... E eu respeito todo tipo de crença, até porque tenhos amigos que seguem o Candomblé e a Umbanda.

    Minha opinião ok?!




    Tenho mais uns comentários a fazer, só que o tempo está curto pois estou no trabalho..rs..depois farei outra visita!!!

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  3. detesto esse tipo de coisa ¬¬

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  4. Esse eu achei engraçado!!! Não posso discutir muito sobre santos, não desacredito, mas também não paro muito para pensar neles. Em Deus, eu acredito, mas não de uma forma cega, apenas da minha maneira. rs

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